
Pagamento dos PCN e cobranças ao minuto
- mjr
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Re: Pagamento dos PCN e cobranças ao minuto
Há vários exemplos de venda do serviço de carga dos veículos fora da rede Mobi.e. Desde concessionários, passando pela Mobilectric em Lisboa e até da própria EDP! Não sei qual é a dúvida sobre este assunto. Tem é de ser em espaço privado de acesso privado.
Nissan Leaf 40 Tekna preto, entregue em 30 de maio de 2018. 51400km em 2024-02-15
Nissan LEAF mk1 Preto, entregue em 7 de julho de 2011. 180000 km em 2023-12-22.
Tesla Model 3 LR preto entregue em 2019-03-06. 125000 km em 2023-12-22.
Sócio da associação de Utilizadores de Veículos Elétricos, UVE: http://www.uve.pt
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- BrunoAlves
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Re: Pagamento dos PCN e cobranças ao minuto
Da EDP não sabia, os restantes sempre pensei o fizessem "ilegalmente" (fala-se desde sempre do concessionário Nissan algures em Lisboa).
Afinal pode vender-se energia eléctrica (ou mais especificamente, a energia do serviço de carregamento de veículos eléctricos) sem ser comercializador?
Na minha opinião então só torna o modelo ainda mais ridículo e adensa ainda mais a minha incredulidade sobre a existência da entidade CEME.

Afinal pode vender-se energia eléctrica (ou mais especificamente, a energia do serviço de carregamento de veículos eléctricos) sem ser comercializador?

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- rimsilva
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Re: Pagamento dos PCN e cobranças ao minuto
Volto a dizer que tenho duvidas que a pratica seja legal, não faltam exemplos de interpretações extensivas da lei que depois resultam em multas.
Já há uns tempos referi, que para já estamos perante situações sem expressão, ninguém se vai dar a trabalho de perder tempo com isto...
A lei é bem clara quanto quanto a CEME, Operadores e a actividade para a mobilidade electrica, o estar ou não ligado à rede mobi.e é outros assunto.
Uma actividade económica não deixa de o ser por estar em espaço privado de acesso privado ou publico, não faz sentido, podemos chegar a um ponto de isso ser considerado concorrência desleal.
Mas é o que temos, enquanto em vez procurar corrigir os erros (mudando as leis se for caso disso), se entrar em esquemas de desde tipo, não vamos lá.
Haverá sempre esperança de que alguma mudança no governo altere esta situação ou mais provável ainda, a legislação europeia obrigue a acabar com a pouca vergonha que se tornou a ME em Portugal.
Faz todo o sentido o que dizes e se assim não fosse andávamos todos a ser "gozados".BrunoAlves Escreveu: ↑08 mai 2019, 17:26Da EDP não sabia, os restantes sempre pensei o fizessem "ilegalmente" (fala-se desde sempre do concessionário Nissan algures em Lisboa).
Afinal pode vender-se energia eléctrica (ou mais especificamente, a energia do serviço de carregamento de veículos eléctricos) sem ser comercializador?![]()
Na minha opinião então só torna o modelo ainda mais ridículo e adensa ainda mais a minha incredulidade sobre a existência da entidade CEME.
![]()
É na venda da energia que acredito que tudo assenta e que está o problema deste modelo.
A entidade CEME é o "pilar" que a ERSE criou para "controlar" o negócio da energia e ditar as leis a seu belo prazer, não é pelo interesse no sucesso da ME.
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Re: Pagamento dos PCN e cobranças ao minuto
Assim que vi os tarifários dos CEME no início da cobrança, a PRIO foi logo riscada da lista por cobrar ao minuto.
Não faz qualquer sentido. Por acaso tinha mesmo pensado na altura a comédia que seria a cobrança ao minuto assim que se começasse a cobrar nos PCN.
Ou do PCR da própria PRIO em Coimbra que cobrava ao minuto com potência limitada a 30kW ao preço dos de 50kW.
Além dos carros com a bateria muito quente, muito fria, ou degradada e que comandam o posto para baixar drasticamente a potência: o meu Leaf 24kWh com degradação 22% passa praticamente todo o tempo a 18kW num PCR.
Na altura do início de pagamento nos PCR eu tinha alertado neste fórum que contratar um CEME com cobrança ao minuto era um tiro no pé.
Não faz qualquer sentido. Por acaso tinha mesmo pensado na altura a comédia que seria a cobrança ao minuto assim que se começasse a cobrar nos PCN.

Ou do PCR da própria PRIO em Coimbra que cobrava ao minuto com potência limitada a 30kW ao preço dos de 50kW.
Além dos carros com a bateria muito quente, muito fria, ou degradada e que comandam o posto para baixar drasticamente a potência: o meu Leaf 24kWh com degradação 22% passa praticamente todo o tempo a 18kW num PCR.
Na altura do início de pagamento nos PCR eu tinha alertado neste fórum que contratar um CEME com cobrança ao minuto era um tiro no pé.
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Re: Pagamento dos PCN e cobranças ao minuto
A existência de um Comercializador na rede de Mobilidade Eléctrica é tão polémica como no fornecimento de energia para os edifícios.
Vejamos.
A rede de Alta Tensão e Muito Alta Tensão é da REN
A rede de Media Tensão e Baixa tensão, contadores e funcionários que fazem a leitura é da EDP Distribuição
o comercializador no fornecimento de casa também só recebe a leitura do consumo da EDP distribuição, cobra a taxa de aceso às redes da REN e da EDP, o preço do produtor da energia, o lucro que quiser e sobre tudo isso recolhe os respectivos impostos e taxas. É uma entidade que se limita a receber e emitir faturas.
Alguns comercializadores são também produtores e operadores de rede como a EDP (subdividida em EDP Produção, EDP Distribuição e EDP Comercial ou EDP Serviço Universal), outros como a YLCE são apenas um escritório para receber faturas dos produtores e operadores das redes, cobrar os impostos, contribuição audiovisual e emitir as faturas ao cliente.
O CEME é algo já herdado do fornecimento de electricidade aos edifícios, não é melhor nem pior.
Vejamos.



Alguns comercializadores são também produtores e operadores de rede como a EDP (subdividida em EDP Produção, EDP Distribuição e EDP Comercial ou EDP Serviço Universal), outros como a YLCE são apenas um escritório para receber faturas dos produtores e operadores das redes, cobrar os impostos, contribuição audiovisual e emitir as faturas ao cliente.
O CEME é algo já herdado do fornecimento de electricidade aos edifícios, não é melhor nem pior.
- BrunoAlves
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Re: Pagamento dos PCN e cobranças ao minuto
Mas esse é um circuito que continua a existir, até ao OPC.
O OPC tem de garantir o fornecimento eléctrico, logo tem de pagar a TAR que é o garante da distribuição, contadores e afins, tem de ter um comercializador que lhe facture a energia, etc.
A partir daí o OPC tem de investir para poder fornecer o serviço de carregamento. Investe, paga os custos que tem de pagar e estabelece uma margem para a operação. Parece tão fácil como qualquer outro fornecimento de ser serviços...
O OPC tem de garantir o fornecimento eléctrico, logo tem de pagar a TAR que é o garante da distribuição, contadores e afins, tem de ter um comercializador que lhe facture a energia, etc.
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Re: Pagamento dos PCN e cobranças ao minuto
Atenção, que depende muito do carro. No meu caso, que até aos 80 e tal % carrega com uma média superior a 42kW, o tarifário da Prio é sempre o melhorRJSC Escreveu: ↑08 mai 2019, 19:33Assim que vi os tarifários dos CEME no início da cobrança, a PRIO foi logo riscada da lista por cobrar ao minuto.
Não faz qualquer sentido. Por acaso tinha mesmo pensado na altura a comédia que seria a cobrança ao minuto assim que se começasse a cobrar nos PCN.
Ou do PCR da própria PRIO em Coimbra que cobrava ao minuto com potência limitada a 30kW ao preço dos de 50kW.
Além dos carros com a bateria muito quente, muito fria, ou degradada e que comandam o posto para baixar drasticamente a potência: o meu Leaf 24kWh com degradação 22% passa praticamente todo o tempo a 18kW num PCR.
Na altura do início de pagamento nos PCR eu tinha alertado neste fórum que contratar um CEME com cobrança ao minuto era um tiro no pé.

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Re: Pagamento dos PCN e cobranças ao minuto
O modelo não foi alterado. Isto já está "fabricado" ao jeito da EDP e afins à muito tempo.Nonnus Escreveu: ↑08 mai 2019, 14:19Penso que a tua pergunta é retórica (tu nestes assuntos consegues ter uma visão mais abrangente que euBrunoAlves Escreveu: ↑08 mai 2019, 13:07E a MobiE tem/teve influência na definição do modelo?
Ser centralizado neles já era um dado adquirido (infelizmente), criar o conceito de CEME terá tido alguma coisa a ver com eles ou terá vindo de cima por causa das restrições da venda de electricidade?
Não sei se essa questão (por muito que gostasse de a fazer) será adequada com aquele painel. Se lá estivesse o ministro, já podia ser de outra forma), se não o é também não te sei responder, mas é a entidade que vai estar presente e o seu representante certamente sabe porque é que isto foi pensado de uma maneira mas foi implementada de outra. Também acredito é que se a pergunta for feita não nos vão responder com a verdade e sim andar a voltas com a questão
, em todo o caso não perdemos nada por lançar a questão.
Se o motivo que levou o modelo a ser alterado for o que muitos de nós pensamos (não me refiro a tachos e tachinhos, apenas a pressão por parte dos gigantes), era de homem num evento como ENVE revelar o verdadeiro motivo.
Há mais de 5 anos abri aqui este tópico a alertar para o que aí vinha
viewtopic.php?f=29&t=4767
- frankesousa
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Re: Pagamento dos PCN e cobranças ao minuto
Quem paga a TAR é o CEME (somos nós no fundo
).
Esse CEME tal como nós edifícios tem de garantir a compra da mesma quantidade de energia que vende, a preços variáveis na compra, mas fixos na venda.
Não estou a defender ninguém, mas o CEME é que garante que os electrões são produzidos para nós, por isso tem a sua importância.
Se acham que as potentes EDP e Galp manipulam isto, contratem a evaz e usem postos de outras opc e assim não vai nem um cêntimo para estes. Eu tenho e uso esse cartão.
A EDP será obviamente uma das grandes interessadas que haja muitos carros eléctricos, digo eu já que vende precisamente electricidade! Não me parece é que perceba muito de mobilidade eléctrica mas pronto.

Esse CEME tal como nós edifícios tem de garantir a compra da mesma quantidade de energia que vende, a preços variáveis na compra, mas fixos na venda.
Não estou a defender ninguém, mas o CEME é que garante que os electrões são produzidos para nós, por isso tem a sua importância.
Se acham que as potentes EDP e Galp manipulam isto, contratem a evaz e usem postos de outras opc e assim não vai nem um cêntimo para estes. Eu tenho e uso esse cartão.
A EDP será obviamente uma das grandes interessadas que haja muitos carros eléctricos, digo eu já que vende precisamente electricidade! Não me parece é que perceba muito de mobilidade eléctrica mas pronto.
Leaf Acenta 30kWh de 2016 - Abatido
10/2018 - 47.500km (12 Barras-90,27% SOH) --- 05/2020 - 96.660km (11 Barras-81 % SOH)
10/2020 - 101.000km (10 Barras-78.6% SOH) --- 08/2023 - 137.300km (9 Barras-69.74% SOH)
11/2023 - 140.000km (9 Barras-67.86% SOH) --- 02/2024 - 144.757km (8 Barras-65.83% SOH)
01/2025 - 160.500 (7 Barras-57% SOH) (FIM!)
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10/2020 - 101.000km (10 Barras-78.6% SOH) --- 08/2023 - 137.300km (9 Barras-69.74% SOH)
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- rimsilva
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Re: Pagamento dos PCN e cobranças ao minuto
Concordo com o que destaquei a bold e apesar de não o ter referido, já tinha pensado nisso e será o que vou fazer. O cartão da Prio nunca foi usado, nem será, enquanto se mantiver esta politica.frankesousa Escreveu: ↑08 mai 2019, 23:47Quem paga a TAR é o CEME (somos nós no fundo).
Esse CEME tal como nós edifícios tem de garantir a compra da mesma quantidade de energia que vende, a preços variáveis na compra, mas fixos na venda.
Não estou a defender ninguém, mas o CEME é que garante que os electrões são produzidos para nós, por isso tem a sua importância.
Se acham que as potentes EDP e Galp manipulam isto, contratem a evaz e usem postos de outras opc e assim não vai nem um cêntimo para estes. Eu tenho e uso esse cartão.
A EDP será obviamente uma das grandes interessadas que haja muitos carros eléctricos, digo eu já que vende precisamente electricidade! Não me parece é que perceba muito de mobilidade eléctrica mas pronto.
Agora em relação aos CEME, acho que com maior ou menor detalhe, sabemos porque existe e qual o seu papel, no entanto considero que o ponto chave aqui é que para bem da ME, o CEME não deveria estar envolvido nesta actividade, parece-me claro que não é bem vista a sua utilidade pelos utentes de VE, pelos OPC actuais e sobretudo não atrai interesse lá de fora (mesmo acreditando que as Ionity's, fastned, etc acabaram por surgir no nosso país quando tivermos VE's que justifiquem algum investimento).
Se virmos os produtos oferecidos em mercados mais desenvolvidos que os nossos, não há nem CEME, apenas operadores, como a energia chega aos postos, será seguramente responsabilidade do OPC.