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No caso dos veículos convencionais há que somar as emissões geradas a extrair o petróleo, a transportar esse petróleo até uma refinaria, a refinar o petróleo (incluíndo os gastos de energia eléctrica neste processo) e a transportar o combustível até a à bomba. Em termos de emissões o que conta é o chamado Well-to-wheel, ou seja desde a fonte primária de energia até às rodas do carro. Penso que no caso dos veículos convencionais o aumento das emissões seja bastante significativo, na ordem das dezenas de gramas de CO2/km, mas não tenho fontes sobre o assunto.

A electricidade tem uma enorme vantagem como fonte energética: a sua produção é local. É a questão da independencia energética.

Os valores que apresentaste de custo de substituição de baterias e de duração das mesmas suponho que sejam estimativas. No entanto se considerarmos o aumento do custo das recargas no caso de substituição da bateria é preciso não esquecer que um LEAF ao fim 2000 recargas terá feito no mínimo 200000km, sendo o valor mais provável os 300000km. Um carro convencional com estes km já teve de fazer uma série de manutenções ao motor e transmissão, que no caso dos carros eléctricos não saõ necessárias. Estas intervenções também custam (bastante) dinheiro o que faz aumentar o custo/km do carro. Além disso, como mencionaste, provavelmente haverá um retorno considerável por dar as baterias para elas serem recicladas / reaproveitadas.

Em relação a este assunto gosto particularmente destes videos:


Ou este;


Fartei-me de rir com o primeiro video quando o vi da 1ª vez...

Cumprimentos

No caso de ter uma recarga por dia, para utilizadores que não passem os 160km de autonomia disponíveis, tens pelo menos 2000 dias de bateria com autonomia aproximada à inicial, ou seja:
2000 recargas / 365 dias = +- 5,5 anos
mas terias que utilizar o carro intensivamente todos os dias desses 5 anos!
Ora para que pretende o carro para uma utilização de casa>trabalho>casa diária, e tendo em conta que em média por semana trabalha apenas 5 dias (não vou contar com o período de férias, pois este fica para os dias de fim de semana que efectivamente dá a sua voltinha no Leaf) será:
5dias * 52 semanas = 260 dias/ano
2000 recargas / 260 dias = +- 7,5 anos

De salientar que ao fim das 2000 recargas, a bateria não "morre", simplesmente começa a reduzir a capacidade de armazenamento de energia e a autonomia do leaf começa a reduzir, ou seja, podes ficar mais 7,5 anos com uma autonomia de "apenas" 130kms, e depois desses, + 7,5 anos com 10kms, e depois + 7,5 anos com 60kms....
É óbvio que não é assim tão linear mas, só para dizer que só serão obrigados a trocar a bateria ao fim desse período se constantemente quiserem utilizar os 160kms de autonomia inicial (como alguns estudos revelam, mas, como não existe experiência efectiva é um pouco teórico).

Para não ficar fora de tópico, só quero acrescentar que ao fim de 7,5 anos, os CIs já levaram muitas peças e revisões em que a poluição e custos gerados podem fazer o Leaf percorrer ainda uns bons kms

O cálculo que o sergiomms fez é ainda assim o pior caso, em que o carro faz um ciclo completo de carga / descarga por dia. Na realidade apenas será utilizada em média cerca de metade da carga (80 km por dia). Assim o tempo de "vida" da bateria iria duplicar. Não esquecer que uma carga / descarga de 50 % da capacidade não conta como um ciclo completo mas sim como meio ciclo.

Só uma ilação.

Muitos falam do custo elevado das baterias. Mas é plausível que o seu preço (com a massificação da produção), quando for preciso trocar, seja muito menor que agora, além de terem concerteza maior capacidade.

Cumprimentos
Rui Valente

Penso que de facto o preço deverá baixar ao longo do tempo, resta saber se a Nissan irá reflectir essa baixa de preço para o consumidor final. E também que o sistema tenha sido pensado para realizar upgrades de capacidade (em princípio seria apenas uma alteração no firmware de controlo de carga e de informação para o condutor).

mjr Escreveu:Penso que de facto o preço deverá baixar ao longo do tempo, resta saber se a Nissan irá reflectir essa baixa de preço para o consumidor final. E também que o sistema tenha sido pensado para realizar upgrades de capacidade (em princípio seria apenas uma alteração no firmware de controlo de carga e de informação para o condutor).

Segundo informação obtida através de técnicos da Nissan nos EUA a possibilidade de substituir a bateria antiga por uma nova com mais autonomia será assegurada e efectivamente conto fazer isso em 4 ou 5 anos e estimo vender a bateria antiga digamos ai por 2.000,00 € e adquirir a nova ai por 6.000,00 € o que equivale a um investimento extra de 4.000,00 € para ter uma bateria nova com pelo menos 320 kms de autonomia (a Nissan afirma que o desenvolvimento assegura essa autonomia entre 2014 e 2015 no mercado). Mas isto não passa de suposições, espero que a realidade me surpreenda pela positiva

Eu penso que, com a massificação dos VE, outras tecnologias irão aparecer, A123 entre outras.
Aí, quando sai um novo componente, o antigo baixa.

sousal Escreveu:Eu penso que, com a massificação dos VE, outras tecnologias irão aparecer, A123 entre outras.
Aí, quando sai um novo componente, o antigo baixa.

É isso que queremos...competição forte entre produtores de baterias...