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Carregamento rápido em excesso pode ser prejudicial

Num colóquio ligado ao tema da segurança dos carros eléctricos, em França, vários especialistas, cientistas e alguns construtores "reconheceram o efeito nocivo dos carregamentos rápidos na vida útil das baterias", revela a revista Auto Foco.

"As frequentes cargas efectuadas nas baterias dos automóveis eléctricos podem, afinal, gerar alguns contratempos, pelo menos no que se refere à vida útil das mesmas". Esta é a opinião de alguns especialistas, já que a maior utilização dos postos de carga rápida reduzirá a durabilidade das referidas unidades.

Segundo a revista, tal acontece porque este tipo de carregamento é feito numa intensidade de 200 amperes, enquanto o carregamento normal é efectuado em tomadas comuns de 16 amperes. A solução para atenuar maiores danos é "limitar a própria autonomia das baterias", dizem os especialistas.

Alguns construtores começam a trocar o tipo de baterias de modo a contornar o problema. A Mitsubishi, por exemplo, colocará no i-Miev (no Japão) novas baterias Toshiba com outros materiais - óxido de titânio em vez de grafite – algo que permitirá causar menores danos nas denominadas cargas rápidas. A única contrariedade é que a autonomia prevista também diminui, nesse caso para cerca de 80 quilómetros, em média.(in MOBI.E)

Cheira-me a FUD.

Tenho a sensação de que é uma golpada da Renault e afins porque o seus VE's não têm tomada de carga rápida e assim ajuda a vender melhor o seus sistema de Quickdrop.

É por isso que a Nissan vai oferecer aos paises europeus cerca de 400 postos de carga rápida em Fevereiro de 2012 com a obrigatoriedade de fornecer gratuitamente aos proprietários do NIssan Leaf a electricidade ou pelo menos a preços mais baixos que os habituais.

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Não sei onde foram buscar os 200A de intensidade. No caso do LEAF a corrente máxima de carga anda à volta dos 130A (e acima dos 200A em descarga quando na potência máxima).

A Renault não devia falar mal das cargas rápidas pois o Zoe também vai ter carga rápida...

Eu acredito que a intensidade de carregamento é uma variável (de muitas) na velocidade de degradação da bateria.

Mas como existem várias variáveis, não se pode dizer que é "prejudicial", e como tal, é pouco razoável dizer que se devem evitar as cargas rápidas.

Alias, qualquer coisa "em excesso", é prejudicial! Constatar o óbvio é dizer que usar o carro em excesso é prejudicial para o carro, e que a solução é usar menos o carro, o que não faz qualquer sentido.

Não sei se conhecem este artigo (com vídeo), que parece-me interessante neste contexto:
http://www.newscientist.com/article/dn1 ... video.html

Abraços!

Zé

É óbvio que quem utiliza cargas rápidas diariamente irá fazer muitos km. Logo irá degradar mais a bateria e o carro. Mas também vai rentabilizar mais o investimento, pois um carro elétrico para compensar monetariamente precisa de muitos km.

mjr Escreveu:É óbvio que quem utiliza cargas rápidas diariamente irá fazer muitos km. Logo irá degradar mais a bateria e o carro. Mas também vai rentabilizar mais o investimento, pois um carro elétrico para compensar monetariamente precisa de muitos km.

Exactamente!

Um proprietário que utilize 1 carga rápida por dia (máximo recomendado pela Nissan), mais uma carga lenta à noite, faz 150*2=300Km por dia, que num ano, contando apenas dias úteis, são 300Km*264=79200Km por ano.

Passados 5 anos, ou 396000Km, dizer que a bateria está com menos capacidade por causa das cargas rápidas não é muito razoável.

O artigo fala "em excesso", logo assumimos 2 cargas rápidas mais uma carga lenta à noite, que faz 150*3=450Km por dia, que usando os mesmos pressupostos são 594 000km em 5 anos. Não imagino ninguém a fazer estes km, a não ser um táxi em Lisboa com 3 turnos, e neste caso a degradação das baterias é um tema secundário.

Zé

Tendo em conta que a poupança em relação a um CI, em energia, é de 0.05€/km (CI 6l/100km 1,4€/l, VE 0,2€/kW.h e 0.17kW.h/km) por cada 100k km seria uma poupança de 5000€. Se somarmos as mudanças de óleos/filtros/correias teremos uma poupança de pelo menos 6000€/100k km. Quem fizer duas cargas rápidas mais uma lenta diariamente em 5 anos paga o carro TODO com o que poupou em combustível.

Fixe!

...bom, se recebesse os incentivos, já era um bom empurrão...

Coisa que ainda não aconteceu...

mjr Escreveu:Não sei onde foram buscar os 200A de intensidade. No caso do LEAF a corrente máxima de carga anda à volta dos 130A (e acima dos 200A em descarga quando na potência máxima).

Muito provavelmente é a corrente que o carregador drena da rede elétrica AC (50 kW /230 V = 217 A), uma vez que a tensão depois de retificada terá que ser elevada e na elevação troca-se corrente por tensão.

FUD, FUD e FUD.