Blog luz ligada fez publicação sobre o NissanLeafPT

[bcarmona]

Os CIs mais eficientes nunca serão tão amigos do ambiente quanto um VE e um VE nunca será tão amigo do ambiente quanto uma bicicleta.

O problema é que uma bicicleta realisticamente não permite um commuting diário superior a 10km. E um VE actual não permite um commuting diário muito superior a 100km. Ou seja, as pessoas no mundo desenvolvido habituaram-se à comodidade de um automóvel convencional e é muito difícil arranjar uma alternativa viável.

Fui dos primeiros portugueses a conduzir um Leaf quanto houve test drives no parque das nações. Tinha muita curiosidade e sinceramente gostava tanto como vocês que fosse a revolução que a Nissan apregoou. A ideia de uma cidade sem ruído e poluição de motores CI é excelente. Mas infelizmente o wishful thinking esbarra em constragimentos mais reais.

[Essiemme]

Se quisermos levar esta discussão (saudável!) ao ridículo, heis o que um senhor da suiça fez para não gastar gasolina em aquecimento:

http://www.tabonito.pt/homem-instalou-f ... -no-carro/



sm

[Essiemme]

Os CIs mais eficientes nunca serão tão amigos do ambiente quanto um VE e um VE nunca será tão amigo do ambiente quanto uma bicicleta.

O problema é que uma bicicleta realisticamente não permite um commuting diário superior a 10km. E um VE actual não permite um commuting diário muito superior a 100km. Ou seja, as pessoas no mundo desenvolvido habituaram-se à comodidade de um automóvel convencional e é muito difícil arranjar uma alternativa viável.

Fui dos primeiros portugueses a conduzir um Leaf quanto houve test drives no parque das nações. Tinha muita curiosidade e sinceramente gostava tanto como vocês que fosse a revolução que a Nissan apregoou. A ideia de uma cidade sem ruído e poluição de motores CI é excelente. Mas infelizmente o wishful thinking esbarra em constragimentos mais reais.

Isso não é verdade.

Houve dias em que fiz mais do que 160Kms (das muito poucas vezes que trouxe o Leaf para o trabalho... )

Só que liguei à ficha do armazem da empresa durante a manhã, depois de chegar ao emprego.
Também houve uma vez que consegui vir e ir sem carregar no trabalho, muito embora me tenha contido nas velocidades e não ter vindo pela CREL nos 140s.

[mjr]

Cada caso é um caso, e estou certo que os compradores do LEAF fizeram toda essa análise. No meu caso o carro faz cerca de 70km diários e por isso está bem dentro da autonomia e permite poupar bastante nos custos de utilização, para além do enorme conforto que um VE proporciona no dia a dia. Na minha opinião quem fizer mais de 100km por dia não deve optar pelo LEAF a não ser que possa por o carro a carregar no local de trabalho ou que aceite ter limitações na velocidade de deslocação. Quem conduz o carro no dia a dia é a minha mulher pois eu trabalho perto de casa, e ela conduz sem qualquer cuidado com a autonomia com um largo trajeto por auto-estrada (vai uma boa parte do trajeto à Vmax do carro).

Eu penso que é uma questão de habituação. Antes de comprar o carro a minha mulher tinha sérias dúvidas, em grande parte por FUD que se ouve por aí sobre os VEs ( ), mas agora não quer outra coisa.

[Filipe]

Aquela do fogão a leHna no carro nem o Mike.

[bcarmona]

Certo mjr,

Para as minhas deslocações diárias também me chegaria um VE. Mas se quiser ir passar uma tarde à arrábida? Ou um fim de semana ao algarve? Alugo um carro? Peço emprestado? Mantenho um CI na garagem para essas ocasiões?

E os taxis, os autocarros, as carrinhas de distribuição, veículos de forças de segurança, carros de serviços camarários, carros de instrução, enfim todos esses veículos que somam uma parte do trãnsito citadino diário? Podem ser eléctricos?

[mjr]

Eu no meu caso não tenho problema, pois necessito de ter dois carros. Se necessitar de ir mais longe vou, a muito custo, no CI. Não são obviamente todas as famílias que podem (e necessitam) ter 2 carros, mas para as que podem faz todo o sentido ter um deles como VE. Mas repito, cada caso é um caso.

[Essiemme]

Certo mjr,

Para as minhas deslocações diárias também me chegaria um VE. Mas se quiser ir passar uma tarde à arrábida? Ou um fim de semana ao algarve? Alugo um carro? Peço emprestado? Mantenho um CI na garagem para essas ocasiões?

E os taxis, os autocarros, as carrinhas de distribuição, veículos de forças de segurança, carros de serviços camarários, carros de instrução, enfim todos esses veículos que somam uma parte do trãnsito citadino diário? Podem ser eléctricos?

É verdade, ainda não podem ser.

E já não falo dos pesados (apesar de já haver alguns semi-pesados VE, protótipos), nos barcos, aviões e unidades fabris... enfim, vamos estar "agarrados" ao petróleo ainda por muito tempo, sim...

A alternativa (forçada ou não) ao nuclear parece-me ser o futuro mais próximo - notar que o "output" continua a ser eléctrico!

sm

[bcarmona]

Eu no meu caso não tenho problema, pois necessito de ter dois carros. Se necessitar de ir mais longe vou, a muito custo, no CI. Não são obviamente todas as famílias que podem (e necessitam) ter 2 carros, mas para as que podem faz todo o sentido ter um deles como VE. Mas repito, cada caso é um caso.

Então é daquelas poucas famílias portuguesas que, como disse num dos primeiros posts, tem condições económicas para gastar €35.000 num carro citadino. Ou não concorda que gastar €35.000 num segundo carro é um luxo a que poucas famílias portuguesas se podem dar?

[mjr]

Eu não lhe chamaria segundo carro, pois sempre tivemos dois carros na minha família. Em utilização é claramente o mais solicitado e por isso a primeira escolha.

Não sei o que entende por "poucas famílias portuguesas", mas acredito que haja algumas centenas de milhares de famílias portuguesas nestas condições.