Diário de bordo - Malm

Fórum de discussão sobre o Mitsubishi I-MiEV e derivados.
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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por Malm » 21 mar 2016, 17:23

cmvts Escreveu:Bom dia, Malm
Vocês desculpem, que estão aqui com conversas a anos-luz e eu venho com uma pergunta tão elementar. Um dia talvez vos acompanhe :).
Obrigada!
Este DB serve para contar a minha experiência com o carro e sempre que possível, para ajudar todos a conhecê-lo melhor. Aqui partilho quase tudo o que descubro, seja pela minha própria experiência, seja pelo que leio noutros fóruns. Essas perguntas são sempre bem-vindas. Só não partilho algo que poderá, por exemplo, colocar em causa a garantia do carro.
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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por Malm » 21 mar 2016, 17:29

cmvts Escreveu:Tenho muito medo de deixar o meu carrito a dormir ao relento em Corroios, margem sul. Mas levo muito em conta esses conselhos para manter a bateria fresca, Malm. Um dia vou tentar. Nada que um bom seguro não cubra :).
Eu só fui uma vez assaltado aqui em Tábua. Foi um dia em que parei o carro na garagem. Aqui dormir ao relento tem várias vantagens. O principal perigo são os vizinhos, que têm muito dificuldade em medir as distâncias. Na garagem ainda tinham de bater num pilar primeiro (isto dependendo da trajetória que tomam), no estacionamento exterior do prédio é só espaço livre para bater.
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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por Malm » 24 mar 2016, 00:02

Caso assim o queiramos, podemos enviar os valores de capacidade restante obtidos no EvBatMon diretamente para uma base de dados que os vai armazenando. Já me registei e posso ver, graficamente, a variação da capacidade restante do meu carro (nada que eu já não tivesse feito aqui numa folha de excel). Mas o mais interessante é que é possível comparar com a degradação de outros carros e, surpresa das surpresas, o meu está a degradar significativamente mais lentamente que a média. A comparação está a ser feita com base na degradação versus quilometragem, o que me favorece (eu tenho muitos quilómetros feitos). Por outro lado, dado que é uma aplicação feita na Austrália, é natural que os pouco dados ainda disponíveis se refiram maioritariamente a carros australianos, que passam o ano sujeitos a um clima semelhante, talvez um pouco mais quente. Também por isso os meus números parecem bons. E, claro, só lá estão os números após a mudança de planeta. Não deixam de refletir os anos loucos, pois a interseção no eixo das ordenadas é por volta dos 40 Ah.

Agora o tempo vai começar a aquecer. Tenho esperança que isso espevite um pouco a capacidade e que por isso ele seja capaz se manter acima dos 33,5 até julho. Depois em agosto e setembro há de pagar a fatura do nosso verão, para no final do ano se fixar nos 33 Ah, ou pouco abaixo disso. Este é um cenário bastante otimista.

Está na rua e vai passar lá a noite.
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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por pemifer » 24 mar 2016, 10:56

Essa base de dados é privada?
Gostava de espreitar, só por curiosidade...
Já agora, a base de dados só tem I-Mievs ou tem também os outros?

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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por psi20 » 24 mar 2016, 11:00

pemifer Escreveu:Essa base de dados é privada?
Gostava de espreitar, só por curiosidade...
Já agora, a base de dados só tem I-Mievs ou tem também os outros?
pequeno offtopic.
a bateria dos outlander apresenta o meu grau de degradação ? ou nota-se uma maior resistencia a este fenomeno?

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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por Malm » 24 mar 2016, 11:35

Base privada. É preciso também ter a aplicação para aceder.
Só i-MiEV, neste fase ainda poucos.

Eu tenho a minha teoria que o i-MiEV foi mais uma experiência que outra coisa. Nunca a Mitsubishi apostou verdadeiramente nele do ponto de vista comercial. O Outlander conta com.essa experiência. Nunca vi dados mas acho que a degradação do Outlander vai ser muito baixa e não se vai fazer sentir durante muitos anos. Isto por várias razões : química das células melhorada, uso menos prolongado, menor janela de SoC utilizada, melhor refrigeração. Eu não me preocuparia nada com isso. Já no meu i-MiEV, ter o conhecimento e a capacidade de o aplicar faz toda a diferença. Há 3 anos estava no grupo dos piores, nos ultimos dois anos sou candidato ao melhor. Serei o melhor, basta querer. Para isso teria de ser muito disciplinado, iria exigir algum trabalho, mas teoricamente, na minha cabeça, eu posso ter o i-MiEV a degradar mais lentamente de todo o planeta, mesmo calçando LEV50.
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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por Malm » 30 mar 2016, 18:49

Muito interessante esta experiência de testar o EvBatMon. Os contactos com o criador continuam a ser comuns, e aos poucos e poucos as coisas vão fazendo sentido. Apesar de algumas dificuldades em ligar o CaniOn e o EvBatMon, para comparar os valores, lá se vai conseguindo. Se nos primeiros tempos encontrei algumas disparidades entre uma aplicação e outra, e portanto uma delas teria de estar a revelar mal os valores (ou ambas), agora bate tudo certo. Tem lá um pouco de mim, já que as voltagens das células são agora calculadas após uma sugestão minha de alteração à sua fórmula de cálculo. Uma dessas alterações está relacionada com o valor máximo de voltagem que eu indico deve ser considerado para as LEV50 - 4,2V (é claro que nunca vamos ver uma célula com esta voltagem, porque o carro está programado para não carregar tanto) .

A obtenção dos valores das temperaturas também tem dado as suas dores de cabeça. Para o criador da aplicação, que continua a insistir que o EvBatMon dá valores 1 a 2º C acima do Canion, quando eu verifico uma sintonia perfeita (se bem que ainda só fui aos 32 ºC, talvez só a temperaturas mais altas se note). Para mim, porque os números de identificação da localização das temperaturas não batiam certo. O valor máximo e mínimo de temperatura sempre estiveram corretos, agora de entre os 66 sensores, em quais estavam essas temperaturas? O EvBatMon parecia dar tudo errado. Parecia. Hoje após uns minutos a ver as imagens de uma aplicação e da outra descobri que afinal bate tudo certo. Alguém também já descobriu como se relacionam as temperaturas de ambas as aplicações?
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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por ICEM4N » 31 mar 2016, 12:49

Por acaso apenas tenho analisado o soc e a degradação..... Não tenho visto muito mais, o que efetivamente interessa é mensalmente ver a degradação.
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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por Malm » 31 mar 2016, 18:51

Eu olhei para mais uns quantos valores e enquanto esses mesmos valores não estavam em concordância com os do CaniOn a minha cabeça não parou de processar. Agora relacionam-se na perfeição. Mas é tudo muito recente e não me admiraria nada de vir a dar o dito por não dito no futuro.
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Re: Diário de bordo - Malm

Mensagem por Malm » 05 abr 2016, 09:44

No domingo fiz Tábua-Leiria-Tábua. Cometi o erro de sair sem o ter carregado completamente. Em princípio não teria problemas em chegar a Pombal, o problema é que a medição do SoC estava 10% abaixo do que eu gostaria que estivesse (já que mais 10% garantiria na mesma a utilização da energia disponível na bateria até muito próximo dos 0,0%), o que na prática foi o mesmo que sair com uns 75% SoC, pelo que passando por Coimbra decidi não arriscar e colocar alguma carga. Chegando aos postos do Polo II, onde se encontrava um Leaf a carregar, mal eu coloco o meu à carga o posto foi abaixo. Acabei por colocar à carga no Hipercor. Já com carga mais que suficiente arranco em direção a Pombal, onde fiz dois carregamentos seguidos, que me colocaram o SoC a 80% (sim, nesta situação e como o carro estava, foi apenas até aos 80% no segundo carregamento). Reparei que o SoC no PCR não era igual, nem ao SoC Display, nem ao SoC Real. O SoC que aparecia no PCR era ligeiramente superior. Chegando a Leiria, estive no Leiria Shopping, onde também coloquei à carga para ter energia suficiente para regressar a Pombal. Saí com 53% de SoC e cheguei a Pombal com uns 6%. Em Pombal, agora no sentido S-N, fiz 4 cargas rápidas seguidas, que permitiram recolocar o SoC em 90%. A temperatura não subiu muito, ficou a rondar os 31º C, até porque nos 2 últimos carregamentos foi mais carregamentos lentos que rápidos. Mesmo assim, dado o desnível desfavorável, mais uma vez decidi colocar mais um pouco de carga em Coimbra, desta vez junto ao hospital dos Covões. O posto não está a funcionar bem, a CEE está vandalizada e a Mennekes desliga-se de 3 em 3 minutos, pelo que fiz bastante exercício para carregar umas 3 barras, aquilo que achei suficiente para regressar a Tábua.
No fundo foi como fazer a viagem com uma perda de 25 a 30% da autonomia inicial (que é o que tem como perda de capacidade), e sendo assim obriga a mais paragens. No entanto se o tivesse carregado completamente antes de sair ele teria recalibrado o SoC para 100% e já teria apenas 15% a 20% menos autonomia, o que, pelo menos de verão, iria permitir não ter de parar em Coimbra, pelo menos à ida.
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